Interpretação e Ilustração do Padrão da Raça

O Staffordshire Bull Terrier

Tradução para o português do padrão interpretado e ilustrado da raça Staffordshire Bull Terrier

Produzido por:
The Stafford Knot, Inc. Uma organização de caridade registrada A 5013

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*AVISO LEGAL
Todos os desenhos representam Staffordshire Bull Terriers reais (vivos e falecidos). Nenhum cão é perfeito. Portanto, as ilustrações são incluídas para ajudar a explicar o padrão escrito da raça e podem ou não ser “ideais” em todos os casos.
Agradecemos as permissões concedidas por (proprietários, criadores, fotógrafos) para o uso das semelhanças dos cães desenhados nesta apresentação.

Nota do tradutor: Traduzimos este guia interpretado e ilustrado do padrão da raça Staffordshire Bull Terrier para aumentar o conhecimento sobre a raça no Brasil, melhorando assim a qualidade da criação e capacitando os futuros proprietários na escolha criteriosa de um Staffordshire. Agradecemos à The Stafford Knot, Inc. pelo incrível trabalho e pela autorização para usar o guia e as ilustrações. Com a colaboração de todos, podemos fortalecer a comunidade de amantes do Staffordshire Bull Terrier no Brasil e no mundo.


Notas Históricas a Considerar

As misturas de ‘Bull-and-Terrier’ estavam sendo criadas para esportes sanguinários competitivos quase 100 anos antes do nome “Staffordshire Bull Terrier” ser estabelecido nos registros oficiais. Na década de 1930, foi o ringue de conformação que começou a substituir o fosso de luta, estabelecendo a legitimidade social da comunidade em torno desses cães. Isso deu origem ao nome Staffordshire Bull Terrier como uma raça reconhecida, distinguindo-o de todos os outros ‘Bull-and-Terriers’.

Conforme o foco competitivo da comunidade se deslocou do fosso de luta para o ringue de exposições, a função dos cães, e consequentemente sua forma, também mudou. Ainda assim, muitos dos primeiros Staffordshire Bull Terriers exibidos na Inglaterra secretamente ganhavam seu sustento no fosso de luta.

O primeiro padrão da raça descrevia um cão muito mais parecido com um moderno American Pit Bull Terrier, pedindo 18 polegadas para carregar apenas 38 libras.

Devido a essa dupla função, o padrão original da raça descrevia o cão de exposição em termos do que se esperaria de um cão de luta dos anos 1930. Havia uma permissão para que os cães fossem muito mais altos do que o padrão atual, enquanto carregavam consideravelmente menos substância. O primeiro padrão da raça descrevia um cão muito mais parecido com um moderno American Pit Bull Terrier, pedindo 18 polegadas (45,72 cm) para carregar apenas 38 libras (17.24 kg).

Com o passar do tempo, a comunidade de expositores desejou distanciar-se ainda mais do mundo clandestino dos lutadores de cães que ainda existia. Assim, em 1948/49, o padrão foi alterado para incluir a mudança mais significativa na constituição da raça, definindo claramente o Staffordshire Bull Terrier como um cão de exposição, não um lutador.

O limite superior da faixa de altura foi reduzido em 2 polegadas, mas os pesos permaneceram os mesmos, exigindo assim um cão mais compacto e de maior substância, não mais ideal para o fosso de luta.

O limite superior da faixa de altura foi reduzido em 2 polegadas, mas os pesos permaneceram os mesmos, configurando assim um cão mais compacto e de maior substância, não mais ideal para o fosso de luta. Essa mudança marcaria a separação oficial do Stafford de exposição dos seus laços com o mundo das lutas de cães.

Ao julgar o Staffordshire Bull Terrier, uma das primeiras perguntas que vem à mente é: “Como determinar quais partes do padrão são mais importantes do que outras?” Como mencionado, o Stafford foi re-estabelecido como um cão de exposição em 1949. No entanto, a resposta básica para essa pergunta é a mesma que para a maioria das outras raças: Sempre dê prioridade considerando a função original da raça.

Por mais desagradável que possa ser, os elementos mais importantes para a função histórica como cão de luta não devem ser esquecidos. Na verdade, eles devem receber a maior atenção.

Para referência histórica, considere o seguinte sistema de julgamento de 100 pontos que foi proposto em 1948/49 para aquela versão atualizada do padrão:

Aparência Geral e Condição da Pelagem10
Cabeça25
Pescoço10
Corpo25
Pernas e Pés15
Cauda5
Movimento Geral e Equilíbrio10
TOTAL100

Este sistema não é utilizado hoje, pois o Kennel Club do Reino Unido descontinuou a inclusão de todos os sistemas de julgamento de 100 pontos como parte dos padrões de raça publicados. No entanto, ele nos dá uma perspectiva sobre como os ‘antepassados’ do Stafford de exposição priorizavam a importância dos elementos e características individuais da raça após seu afastamento da função original como cão de luta.


Aparência Geral

“O Staffordshire Bull Terrier é um cão de pelagem lisa. Deve possuir grande força para seu tamanho e, embora musculoso, deve ser ativo e ágil.”

O Stafford é um atleta eficiente. Tudo nele deve refletir essa característica. Não deve haver exageros em sua constituição, pois excessos prejudicariam tanto a função original da raça quanto sua saúde.

Ele precisa de ossos, músculos e substância suficientes para suportar seus esforços atléticos poderosos, mas sem excessos em nenhuma dessas características.

Ele precisará de força e vigor, aliados à velocidade e flexibilidade. O Stafford deve ter uma abundância de resistência. Ele deve ser firme ao toque, nunca macio.

O cão pesado, com ossos robustos e músculos excessivos pode parecer impressionante, mas carecerá da velocidade, agilidade e resistência de um atleta.

O cão esguio, de ossos leves, pode ser ágil e atlético, mas faltará força e resiliência. Aquele que está no meio termo será capaz de realizar o trabalho.

Pelagem lisa

À primeira vista, pode-se pensar que todos os Staffords têm pelagem lisa. No entanto, ao tocá-los, você pode notar uma ampla gama de comprimentos, texturas e espessuras de pelagem. A pelagem correta deve ser ligeiramente dura ao toque, não macia nem sedosa. Deve ser apertada, curta e estar rente à pele – sem o uso de aditivos.

Grande força para seu tamanho, Musculoso, Ativo e Ágil

Sua aparência deve ser a de um atleta ou gladiador.

O Stafford é um cão de tamanho médio. Sua aparência deve ser a de um atleta ou gladiador. Eles devem ser bastante ativos – às vezes até demais para muitas pessoas.

Um Stafford deve ser muito ágil. Ele exibirá “economia de esforço” em cada movimento e, em geral, é ágil tanto física quanto mentalmente.

Atletas incríveis quando mantidos em boa condição, os Staffords se destacam em muitos esportes, como agility, flyball, coursing, weight pull, frisbee, dock jumping e outros. Mentalmente, são pensadores ágeis, seja para obediência, rally, rastreamento, busca e resgate, trabalho de nariz, caça ao celeiro ou como cães de serviço ou terapia.

Como aponta o padrão da raça, o Stafford é “um cão polivalente por excelência.”

Os Staffords devem ser apresentados em condição física atlética. Isso não significa que devem estar completamente ‘definidos’, como se estivessem prontos para entrar no fosso, mas certamente não significa que o cão deve carregar qualquer excesso de gordura. O excesso de peso é prejudicial à saúde e interfere na função do cão. Sempre procure uma cintura bem definida e um ‘encaixe’. O Stafford é “relativamente leve nos rins”.

Também procure uma pelagem curta e rente, brilhando com um brilho natural.

Espere grande força para seu tamanho, composta por músculos longos, magros, duros e resilientes; não músculos volumosos e arredondados, que têm poder, mas carecem de resistência.

“Grande força para seu tamanho” novamente alude à eficiência. Você esperaria que um cão grande e pesado fosse muito poderoso. Não se deixe enganar por um animal assim. A força de um Stafford às vezes é surpreendente, já que seu porte deve ser muito mais compacto do que o de outros cães com força semelhante.


Características

Com uma expressão perspicaz e inteligente e atento ao seu entorno, um Stafford deve manter sua posição sem ser excessivamente problemático.

Staffords excessivamente tímidos, dóceis ou encolhidos não estão exibindo o temperamento correto da raça e devem ser penalizados. Uma personalidade audaciosa e confiante é uma característica essencial da raça.

Devem ser feitas exceções para os jovens que estão começando no ringue. Eles provavelmente se transformarão em uma bola animada de lambidas assim que você falar com eles. Contanto que estejam felizes e não excessivamente medrosos, esse comportamento é típico em filhotes.


Tamanho, Proporção, Substância

“Altura na cernelha: 14 a 16 polegadas (35,56 a 40,64 cm). Peso: Machos, 28 a 38 libras (12,7 a 17,24 kg); fêmeas, 24 a 34 libras (10,89 a 15,42 kg), sendo estas alturas relacionadas aos pesos.


A não conformidade com esses limites é uma falha. Em proporção, o comprimento do dorso, da cernelha até a inserção da cauda, é igual à distância da cernelha ao chão.”

Cernelha até a inserção da cauda = cernelha até o chão aparece apenas no padrão dos EUA. De acordo com a maioria das avaliações, isso está incorreto, pois exige que o cão seja mais longo do que alto. Na verdade, o Stafford deveria parecer quadrado.

O padrão da raça estabelece a faixa ideal de altura para os machos entre 14 e 16 polegadas (35,56 a 40,64 cm) e peso entre 28 e 38 libras (12,7 a 17,24 kg).

As fêmeas também podem ter entre 14 e 16 polegadas de altura, mas pesarão entre 24 e 34 libras (10,89 a 15,42 kg).

A chave para entender a substância e a proporção corretas é explicada no padrão com as anotações: “Essas alturas estão relacionadas aos pesos” e “A não conformidade com esses limites é uma falha”.

Embora o tamanho seja importante (permanecer dentro dos limites), o peso correto para uma determinada altura é o que ajudará a definir o EQUILÍBRIO.

Um cão de 14 polegadas e 38 libras pode estar dentro dos limites de tamanho. No entanto, sua substância e proporção estão longe do ideal. O mesmo pode ser dito para um cão de 16 polegadas que pesa apenas 24 libras.

O EQUILÍBRIO é fundamental, e entender as relações relativas de altura para peso é a chave para reconhecer o equilíbrio.

“Alturas Relacionadas aos Pesos”

Se extrapolarmos o que o padrão nos dá em termos de relações altura-peso, a tabela a seguir representa a substância mais ideal/correta em toda a faixa.

“A não conformidade com esses limites é uma falha.”

Machos
35,56 cm12,70 kg
36,83 cm13,82 kg
38,10 cm14,90 kg
39,37 cm16,10 kg
40,64 cm17,24 kg
Fêmeas
35,56 cm10,88 kg
36,83 cm11,91 kg
38,10 cm13,06 kg
39,37 cm14,20 kg
40,64 cm15,42 kg

Este é um dos trechos menos subjetivos de todo o padrão, mas provavelmente o mais liberamente interpretado (ou seja, ignorado) por olhos desatentos e juízes novatos. A substância correta é de extrema importância para qualquer atleta. É de ainda maior importância para o Stafford, dada a função original da raça como lutador competitivo.

um ‘tipo Terrier’, um ‘tipo Bulldog’ e um ‘tipo Equilibrado’. Isso não está correto

o que o padrão exige é apenas um tipo; ou seja, aquele que está no meio – o Tipo Equilibrado

Isso define o Stafford em relação a outras raças ‘bully’ e continua sendo um elemento essencial do tipo de raça. Não se esconda atrás da ausência de balanças e um medidor no ringue. Familiarize-se com a aparência de uma fêmea de 15″ (38,1 cm.) e 29 libras (13,15 kg) e aprenda a reconhecer isso quando a vir.

O padrão é nosso guia para o ideal. A não conformidade com altura ou peso é uma falha, não uma desqualificação. Você encontrará cães de qualidade fora da marca, e deve sempre estar disposto a apreciar e recompensar a qualidade. Faça concessões, mas tenha cuidado para não se desviar muito. O padrão da raça sempre prevalece sobre a opinião.

Você pode ouvir pessoas se referirem ao Staffordshire Bull Terrier como tendo três tipos distintos: um ‘tipo Terrier’, um ‘tipo Bulldog’ e um ‘tipo Equilibrado’. Isso não está correto. É uma lógica falha definir o tipo (aquilo que torna um Stafford exclusivamente Stafford) por três combinações diferentes de dois elementos diametralmente opostos.

Na realidade, o que o padrão exige é apenas um tipo; ou seja, aquele que está no meio – o Tipo Equilibrado. Este é a mistura perfeita entre bull e terrier. Chame como quiser, mas lembre-se: se um exemplar não é do ‘tipo equilibrado’, ele é, por padrão, do ‘tipo desequilibrado’.

Imagine uma balança antiga. O ideal está bem no meio, exatamente no ponto de equilíbrio entre bulldog e terrier.


Proporção

A cabeça deve se estender acima de uma linha horizontal imaginária ao longo da linha superior. A cabeça e o ápice na crista do pescoço se estendem um pouco à frente de uma linha vertical imaginária que sobe pelo centro da perna dianteira.

A distância da cernelha ao chão e a distância da cernelha à inserção da cauda devem ser iguais. Isso significa que o Staffordshire Bull Terrier NÃO é uma raça verdadeiramente ‘quadrada’ como definido por muitos outros padrões de raça. No entanto, o comprimento deve ser medido do topo da cernelha ao topo da inserção da cauda, de modo que o comprimento é apenas LIGEIRAMENTE maior que a altura.

No topo da inserção da cauda, muitos Staffords exibem a clássica ‘impressão digital’, que é uma covinha acima da cauda onde um polegar humano se encaixa bem ao marcar a inserção da cauda e avaliar o comprimento em relação à altura na cernelha.


Cabeça

“Curta, profunda, crânio largo, músculos das bochechas muito pronunciados, stop distinto, face curta, nariz preto. Nariz rosado (Dudley) deve ser considerado uma falha grave.

Olhos – Escuros são preferíveis, mas podem ter alguma relação com a cor da pelagem. Redondos, de tamanho médio e posicionados para olhar diretamente à frente. Olhos claros ou bordas dos olhos rosadas devem ser considerados uma falha. A versão americana do padrão da raça faz uma exceção, indicando que “..quando a pelagem ao redor do olho é branca, a borda do olho pode ser rosada.”

Orelhas – Em rosa ou semi-eretas e não grandes. Orelhas completamente caídas ou completamente eretas devem ser consideradas uma falha grave.

Boca – Mordida em que a parte externa dos incisivos inferiores toca a parte interna dos incisivos superiores. Os lábios devem ser apertados e limpos. Mordida muito prognata ou retrognata é uma falha grave.”

Cabeça – proporção, crânio, face

A cabeça deve ter uma proporção aproximada de 2 partes de crânio para 1 parte de focinho ao medir da ponta do nariz até o stop, e depois medir do stop até o occipital.

Portanto, a face/focinho é curta em relação ao restante da cabeça, mais curta nesse aspecto do que a maioria dos terriers, mas não tão curta a ponto de interferir na função.

O crânio do Stafford deve ser equilibrado em largura e profundidade e bem acolchoado com músculos, incluindo as saliências bem desenvolvidas das bochechas.

Estes são os músculos que fecham a mandíbula e permitem que o Stafford tenha uma mordida potente e duradoura.

O Stafford não deve ter uma cabeça em forma de cúpula. Deve haver um ‘sulco’ formado pelos músculos temporais no topo da cabeça de um Stafford maduro.

Filhotes e Staffords jovens podem não desenvolver essa musculatura até atingirem 21 meses ou mais, mas ela deve estar presente na idade adulta.

O mesmo vale para os músculos pronunciados das bochechas. Até que o Stafford atinja a maturidade (entre 2 e 4 anos), a cabeça continuará a mudar e amadurecer.

A face anterior do Stafford é composta pelo focinho e pela mandíbula. Ela também deve ser equilibrada em termos de largura e profundidade. A força da face anterior deve ser congruente com o restante da cabeça. Uma face anterior que se afina abaixo dos olhos resulta em uma cabeça ‘vulpina’. Por outro lado, ossos excessivamente grandes criarão um focinho pesado, tornando o cão grosseiro e prejudicando a qualidade da expressão e da cabeça em geral.

O Stafford deve ter uma cabeça musculosa, limpa, de boa profundidade e largura, com músculos das bochechas pronunciados e um stop bem definido.

Embora substancial e bastante poderosa, a cabeça deve estar em equilíbrio com o restante do corpo. Não deve parecer que não se encaixa com a estrutura geral.

A cabeça de uma fêmea geralmente será menor e exibirá uma expressão mais elegante e feminina. Ela nunca deve parecer ‘masculina’.

Embora a cabeça do macho seja mais poderosa e exiba uma expressão geral mais masculina, a pele solta ou enrugada e os lábios pendentes em ambos os sexos devem ser penalizados.

Cabeça – mandíbula inferior, lábio, focinho

Ao avaliar uma mandíbula inferior forte, tenha em mente que lábios desordenados ou grandes bochechas podem esconder a mandíbula inferior, dando a ilusão de fraqueza. Muitas vezes, é necessária uma avaliação prática para determinar se a mandíbula inferior é realmente fraca ou se são os lábios desordenados que causam essa impressão. Em ambos os casos, é uma falha.

O Stafford deve ter lábios limpos que se ajustam firmemente aos dentes. Um lábio carnudo não só cria uma expressão pouco atraente e fora do padrão, como também, considerando o propósito original da raça, pode ser um obstáculo em uma briga, tornando-se um alvo para o oponente. Não deve haver frouxidão, rugas ou aparência esponjosa.

O focinho deve parecer um bloco arredondado, alargando-se até pouco abaixo dos olhos, enquanto se aprofunda gradualmente até a parte traseira da mandíbula inferior. Ainda assim, o focinho é mais quadrado do que em forma de cunha. Coloque as mãos no cão. Sinta um focinho rígido e liso, sem excesso de carne ou rugas, o que indicaria uma rusticidade inadequada. Além disso, sinta que o focinho não se estreita abruptamente, mas se afina gradualmente da área abaixo dos olhos até o nariz.

O focinho da fêmea pode ter um afilamento ligeiramente maior do que o do macho, definindo-a novamente como mais feminina.

Cabeça – stop, nariz

O stop (a transição da parte superior do crânio para a parte superior do focinho) é bem definido. Não é tão profundo como em raças braquicefálicas, como o Boxer ou Bull Mastiff, mas deve ser forte e aparente. Um stop pouco profundo afetará negativamente a posição dos olhos e a força geral da expressão.

O stop pode ser enganador sem colocar as mãos no cão. O ângulo deve ser quase vertical. Coloque o polegar no stop para medir a proporção da face em relação ao crânio e avaliar o ângulo do stop. Quando se olha apenas o perfil, a órbita dos olhos pode causar distração ou distorção. Além disso, a cor da pelagem, os padrões e a iluminação do local podem criar ilusões quanto à profundidade e ao ângulo do stop.

O nariz do Stafford é preto. A ausência de pigmento (nariz rosado ou Dudley) é uma falha grave. As narinas devem ser largas e abertas. Ele precisará respirar livremente por elas quando a boca estiver ocupada. Narinas pequenas ou estreitas não são adequadas.

Lembre-se de que o Stafford é um atleta, então todas as suas partes precisam funcionar bem.

Cabeça – olhos

Os olhos devem ser redondos, com uma expressão perspicaz. Eles são de tamanho médio e posicionados no crânio para olhar diretamente à frente. Embora de formato redondo, olhos bulbosos e protuberantes são incorretos. No outro extremo, olhos pequenos e amendoados também são considerados uma falha. Os Staffords geralmente têm olhos muito expressivos, resultando em uma expressão viva. A forma redonda contribui para isso.

Para completar a expressão, quanto mais escuro o olho, melhor. É permitido que haja alguma relação entre a cor dos olhos e a cor da pelagem, mas os olhos escuros são sempre preferidos.

Lembre-se de que todas as partes da cabeça estão inter-relacionadas. Se o stop for muito superficial, a forma dos olhos geralmente será amendoada e a expressão será prejudicada. Se o stop for exagerado, os olhos podem ser excessivamente grandes e proeminentes, novamente desviando da expressão correta.

As bordas dos olhos também devem ser escuras. Como mencionado anteriormente, há uma exceção no padrão dos EUA que permite bordas dos olhos rosadas quando a pelagem ao redor do olho é branca.

Cabeça – cor dos olhos

Cabeça – orelhas

Verifique o tamanho, a forma, a espessura, a uniformidade e o posicionamento. As orelhas devem ser pequenas e finas, bem ajustadas, em formato de rosa ou semi-eretas, e não grandes nem pesadas em couro. Elas não devem cair baixas nem parecer muito grandes em proporção à cabeça. É importante que sejam arrumadas.

A aceitação de orelhas “semi-eretas” (nos EUA) não deve ser usada como uma licença para recompensar orelhas 3/4 ou mais eretas. Quanto mais alta a orelha, mais ela prejudica a expressão. As orelhas em formato de rosa são preferidas em relação a todas as outras.

As orelhas não devem ser colocadas no alto da cabeça, dando uma aparência nervosa, nem muito baixas, dando uma aparência desatenta. Quando a orelha é achatada e puxada para a frente, a ponta deve se estender até o canto do olho. Quando em estado de relaxamento, as orelhas podem dobrar para trás, perto do crânio, expondo mais o interior, mas nunca devem perder a dobra e cair.

As orelhas são um barômetro de como o Stafford demonstra emoção e alerta. Orelhas perfeitas em formato de rosa completam a expressão clássica do Stafford. Embora possam parecer um detalhe cosmético menor, são muito importantes para tipificar a raça.

Uma orelha incorreta pode arruinar toda a expressão e criar uma aparência estranha em um Stafford que de outra forma teria uma cabeça adorável. Por isso, o padrão dita que orelhas completamente caídas ou totalmente eretas são uma falha grave.

Cabeça – boca

deve-se considerar espécimes de excelente qualidade que apresentem problemas LEVES de dentição

Uma mordida em tesoura limpa, com dentes grandes, é a ideal. Ao mesmo tempo, deve-se considerar espécimes de excelente qualidade que apresentem problemas LEVES de dentição. Mordidas muito prognatas ou retrognatas são falhas graves, assim como a boca torcida. Caninos convergentes também devem ser considerados falhas. É importante que o Stafford seja capaz de morder com máxima potência e eficiência. Qualquer coisa que enfraqueça a mordida é uma falha, na medida em que impede o animal de desempenhar sua função.

Os incisivos devem aparecer nivelados nas pontas, uniformemente alinhados na base e idealmente em linha reta. A oclusão da mordida em tesoura deve ser uniforme.

Em geral, todos os dentes devem estar alinhados para se sustentarem mutuamente. Dentes que não estão alinhados corretamente na mandíbula e em linha uns com os outros sofrerão mais danos sob estresse e mais desgaste com a atividade diária. Os caninos são uma exceção, pois se inclinam de forma obtusa na mandíbula para que a mordida em tesoura possa ser formada.

Lembre-se de que o Stafford é um animal ativo com mandíbulas muito poderosas. Dentes faltando ou quebrados devido a um acidente devem ser considerados em relação à sua gravidade. Ainda é possível avaliar a natureza da mordida e verificar problemas de desenvolvimento. Alguns danos ambientais podem ser observados de vez em quando.


Bocas e Mordidas

Exemplo de uma mordida em tesoura ideal em um Stafford

Note os grandes dentes brancos com incisivos retos e uniformemente alinhados. A superfície externa dos incisivos inferiores toca suavemente a superfície interna dos incisivos superiores, sem lacunas. A oclusão se alinha perfeitamente. Os caninos se inclinam para fora o suficiente para formar uma tesoura com o dente inferior à frente do dente superior, no lado externo da linha da gengiva superior. Observe também a pigmentação escura nas gengivas.


Pescoço, Linha Superior e Corpo

“O pescoço é musculoso, relativamente curto, de contorno limpo e se alarga gradualmente em direção aos ombros.

O corpo é compacto, com uma linha superior nivelada, frente larga, peito profundo e costelas bem arqueadas, sendo relativamente leve nos rins.

A cauda é natural, de comprimento médio, inserida baixa, afinando até uma ponta e carregada relativamente baixa. Não deve se enrolar muito e pode ser comparada a uma alça de bomba antiga. Uma cauda que é muito longa ou muito enrolada é considerada uma falha.”

Pescoço

O pescoço do Stafford é a base para o que originalmente era a extremidade ofensiva de seu equipamento de combate. Ele dá direção à cabeça e deve ser forte o suficiente para suportar o impulso originado das poderosas traseiras.

Um pescoço curto e grosso carece de flexibilidade e velocidade ao guiar a cabeça. Isso também significa que o cão deve sacudir com toda a parte dianteira do corpo quando ‘engajado’, o que é uma ação muito ineficiente. Um pescoço longo e elegante é fraco e cederá quando empurrado para frente.

O padrão exige um pescoço “relativamente curto”. Ele deve ser poderoso, mas ainda ter comprimento suficiente para manter a agilidade e a flexibilidade. A parte de trás do pescoço deve formar um arco ou crista à medida que se eleva em direção à cabeça. Ele se alarga gradualmente nos ombros, unindo-se perfeitamente à cabeça e ao corpo.

Uma maneira de reconhecer o comprimento adequado do pescoço é empilhar o cão e olhar de perfil. O pescoço deve posicionar naturalmente a cabeça de modo que a mandíbula inferior fique nivelada ou ligeiramente acima do topo da cernelha.

Linha Superior e Corpo

O pico da cernelha está localizado exatamente entre as escápulas. Nesse ponto, também há uma notável almofada de músculo.

Visto de perfil, não deve haver um afundamento nas vértebras atrás da cernelha. No entanto, em um Stafford fortemente musculoso e em boa forma, você pode ver uma pequena indentação nesse ponto quando visto de cima.

Do ponto da cernelha até a garupa, o cão pode exibir um ‘sulco’ ao longo da coluna, criado pelos músculos poderosos em ambos os lados. O efeito é semelhante ao ‘sulco’ ou ‘fenda’ no topo da cabeça criado pelos músculos temporais.

Procure uma “linha superior nivelada”, que seja forte e bem acoplada. Deve haver uma profundidade ampla de peito e um contorno relativamente suave de músculos longos e resistentes, não músculos volumosos e pesados que carecem de resistência.

As costelas são bem arqueadas e se estendem até os rins, que são relativamente curtos e leves. Músculos sobrecarregados, ossos curtos e pesados, costas longas e fracas, falta de peito e/ou de arqueamento das costelas são todos atípicos e altamente indesejáveis.

Visto de cima, espere ver uma forma clássica de ampulheta formada por um bom arqueamento das costelas e rins leves. Dessa perspectiva, avalie também a natureza da musculatura nos ombros e traseiras. É musculatura magra e duradoura ou volumosa e rápida de esgotar?

Uma linha superior nivelada é desejável. No entanto, a coluna do Stafford é flexível e seus músculos são dinâmicos. Não espere um dorso absolutamente “plano” em um cão musculoso, atlético e em boa forma.

A garupa está localizada após o lombo e no ponto do osso do quadril, logo à frente do sacro. Não deve haver uma queda ou inclinação na garupa. Isso deve ocorrer mais para trás no cão, à medida que o músculo glúteo arredonda as traseiras, começando logo antes da inserção da cauda.


Cauda

O padrão da raça Staffordshire Bull Terrier menciona a cauda com uma linguagem bastante detalhada e usa mais palavras para descrever suas características do que muitos outros trechos do padrão. Isso é bastante interessante, pois a cauda aparentemente serve pouco propósito além do equilíbrio e da comunicação, e muitos consideram esta uma parte puramente cosmética do padrão. Talvez a importância do porte da cauda fosse significativa para sua função como cão de luta. Ainda assim, o sistema original de 100 pontos destinava apenas 5 pontos para a cauda.

  • A cauda do Staffordshire Bull Terrier permanece natural e de comprimento médio. Meça a cauda puxando-a para baixo. Quando estendida, a ponta deve se alinhar com o nível das articulações dos jarretes; não puxada para o lado para tocar o jarrete, mas alinhada com os jarretes quando estendida entre as pernas traseiras.
  • A inserção baixa significa que a cauda está inserida em um ponto abaixo da coluna, mais baixa que a linha superior. Frequentemente, há uma ‘impressão digital’ ou uma pequena cavidade formada logo acima de uma cauda corretamente inserida baixa em um cão musculoso e em boa forma.
  • O padrão descreve a cauda como “afunilando até uma ponta e carregada relativamente baixa”, o que significa que não deve ser carregada sobre o dorso. No entanto, lembre-se de que essa raça pode ficar ‘excitada’ perto de outros cães, então não confunda excitação ou agitação com uma cauda realmente erguida.
  • A cauda deve afunilar até uma ponta e não ser espessa ou peluda. Não deve se enrolar muito; deve se assemelhar a uma “alça de bomba antiga”.

Anteriores

“Pernas retas e bem ossadas, posicionadas relativamente afastadas, sem frouxidão nos ombros e sem fraqueza nos metacarpos, a partir dos quais os pés viram ligeiramente para fora. Os ergôs nas patas dianteiras podem ser removidos. Os pés devem ser bem acolchoados, fortes e de tamanho médio.”

O Stafford não tem o braço superior curto associado a uma frente de ‘Terrier’.

Anteriores – pernas, ombros, braço superior

As pernas dianteiras devem ser retas, com os pés virando ligeiramente para fora nos metacarpos. As pernas são perpendiculares ao chão, caindo diretamente dos ombros.

Os ombros são musculosos de forma limpa, bem posicionados para trás e não devem mostrar sinais de frouxidão. Não se impressione com exemplares com músculos sobrecarregados nos ombros. O Stafford é um atleta ágil. Pense em um boxeador de peso médio, não em um fisiculturista.

Sinta a espessura e a redondeza corretas dos ossos, que devem ser amplos em vez de pesados.

Uma ação rígida ou desajeitada no movimento para a frente indicará ombros colocados verticalmente e/ou braços superiores curtos, o que é altamente indesejável.

Os cotovelos ficam bem ajustados ao corpo, sem frouxidão. O peito desce até o cotovelo ou MUITO ligeiramente mais baixo, mas não muito abaixo deste ponto.

As costelas são “bem arqueadas”, nunca achatadas nem muito arredondadas. A moderação é fundamental – não exageradas, mas mostrando força.

Costelas muito arqueadas dificultam a movimentação eficiente, e uma profundidade excessiva do peito só adiciona volume e peso, prejudicando o movimento ágil e livre.

Pouca caixa torácica ou peito enfraquece o movimento e comprime os órgãos vitais importantes para um atleta.

O Stafford requer um excelente equilíbrio para se mover livremente.

O Stafford é frequentemente apresentado em um ângulo de 3/4 ou voltado para o juiz na maioria dos países, ao contrário de outros terriers que são apresentados de perfil.

O Stafford também é frequentemente exibido com a tradicional coleira de couro “Stafford” (com adornos de latão ou níquel), que pode ser de fivela ou martingale.


Ombro, Braço, Frente

Limpo e Correto
Indesejável

Traseiras

“As traseiras devem ser bem musculosas, os jarretes bem posicionados e os joelhos bem angulados. As pernas devem ser paralelas quando vistas por trás. Os ergôs, se houver, nas patas traseiras são geralmente removidos. Os pés devem ser como os da frente.”

Procure um desenvolvimento muscular substancial nas partes interna e externa da perna traseira, sem músculos salientes ou sobrecarregados que comprometam o movimento sem esforço. Quando visto por trás, a linha desde a articulação do quadril até a articulação do jarrete deve ser paralela. A articulação do jarrete (tornozelo) deve estar baixa na perna, próxima ao chão. Isso dá estabilidade ao membro traseiro em todas as suas ações. O jarrete NÃO deve escorregar para a frente.

Os joelhos são descritos como “bem angulados”. Em um cão confortavelmente em pé, a articulação do joelho deve estar suficientemente angulada para colocar o pé traseiro logo atrás de uma linha vertical que vai da nádega à ponta dos dedos. É fácil posicionar um cão dessa maneira, então tente observá-lo em repouso. Após mover um cão no ringue de exposição, ele deve ser permitido a parar confortavelmente sem ajuda. Então você verá a angulação do joelho.

A capacidade das articulações do joelho e do jarrete de abrir e fechar é um elemento essencial para o movimento. É assim que o cão usa suas pernas para impulsionar, mudando o comprimento do membro para limpar o chão durante o movimento.

As pernas são paralelas quando vistas por trás. Os jarretes, das articulações aos pés, também são paralelos. Procure novamente a simetria. Olhe além do cão posicionado. Staffords bem construídos devem ficar em pé de forma simétrica sem qualquer assistência.


Pés

Os pés devem ser bem acolchoados, com metacarpos/metatarsos fortes. Os pés devem ser firmes, com dedos curtos, mas não a ponto de serem como “pés de gato”. Não deve haver sinais de fraqueza. (Lembre-se de que o padrão diz “os pés viram um pouco para fora”.)

Lembre-se de que temos uma raça ativa e atlética. Pés finos, chatos ou abertos constituem uma falha, pois enfraquecem a base de todo movimento. Considerando novamente a função original da raça, todas as partes do Stafford devem ser capazes de suportar forças iguais a várias vezes seu próprio peso.

Procure unhas curtas e pretas em cães de cor sólida. Se um cão tem pés brancos, pode-se esperar unhas brancas.


Pelagem

“Lisa, curta e rente à pele, não deve ser aparada ou ter os bigodes removidos.”

A maneira mais fácil de determinar a pelagem correta em um Staffordshire Bull Terrier é tocá-lo. Passe a mão ao longo da pelagem, do ombro à garupa. A pelagem deve ser apertada, ligeiramente dura e lisa. Os pelos devem ser curtos e bem assentados. Quando você passa a mão na direção oposta, os pelos devem parecer um pouco ‘espinhosos’ e, novamente, muito próximos ao corpo.

Os pelos não devem ser macios, ásperos, sedosos nem longos. Devem ser curtos e retos. O Stafford deve ter uma cobertura uniforme de pelagem, não devendo parecer calvo na parte inferior do pescoço ou do peito.

Não há necessidade de usar produtos para a pelagem nem banhos frequentes.

Em geral, não há necessidade de usar tesouras na pelagem de um Stafford. No entanto, muitas pessoas apararam a parte inferior da cauda para uma aparência limpa. O Stafford deve ser apresentado com os bigodes completos.


Pigmentação

O Stafford deve exibir cores limpas com boa pigmentação em todas as cores de pelagem aceitáveis. Isso é evidente no nariz (que deve ser sempre preto), nas bordas dos olhos, nas unhas, nas orelhas e nas gengivas.

A área ao redor dos olhos não deve parecer calva nem clara, exceto onde são permitidas bordas dos olhos rosadas adjacentes a uma pelagem branca (nos EUA). A pigmentação profunda e sólida contribui para a atratividade do Stafford.


Cor

“Vermelho, fulvo, branco, preto ou azul, ou qualquer uma dessas cores com branco. Qualquer tonalidade de tigrado ou qualquer tonalidade de tigrado com branco.

Black and Tan ou cor de fígado são desqualificações.” (*AKC)


**Somente no padrão de raça do AKC, Black and Tan e fígado são desqualificações. Em todos os outros padrões de raça ao redor do mundo, essas cores devem ser fortemente desencorajadas. Elas certamente não devem ser consideradas ‘raras’ ou mais valiosas, como alguns criadores podem querer que as pessoas pensem. Pelo contrário, não devem ser incentivadas.

Como os Staffords aparecem em muitas cores, nenhuma preferência de julgamento deve ser feita em relação à cor, com exceção de Black and Tan (corretamente descrita como Marcas de Pontos Canela) e cor de fígado; ambas são desqualificações (EUA), seja sólida ou aparecendo com branco.

Black and Tan normalmente significa marcado como um Manchester Terrier ou Rottweiler. No entanto, às vezes essa cor não é claramente definida, e nem sempre é fácil notar as marcas canelas. As marcas sobre os olhos, no rosto, no peito, dentro das pernas dianteiras e traseiras e sob a cauda também podem aparecer como tigrado mais claro em um cão que, de outra forma, seria preto ou como creme em um cão vermelho ou fulvo.

Os Staffords cor de fígado são reconhecidos por sua semelhança com a cor do Sussex Spaniel. Da mesma forma, haverá falta de pigmentação preta no nariz e nas unhas, que serão marrons. Olhos claros tipicamente acompanham essa coloração. Cães de mogno claro/tigrado mogno às vezes também terão unhas marrons, mas não são verdadeiramente da mesma cor diluída que o fígado. Um estudo cuidadoso deve ser feito antes de descartar um cão pela cor da pelagem.

Tanto os cães de cor Black and Tan quanto os de cor fígado nunca devem ser exibidos, usados para reprodução, nem promovidos como ‘raros’ ou ‘de design’ de qualquer forma.

Ao julgar o Stafford, não penalize pequenas cicatrizes. Esta é uma raça ativa, destemida e frequentemente assertiva, que não pensa duas vezes antes de correr por entre arbustos ou aprender suas lições com um ouriço, guaxinim ou outro intruso no jardim.

Todos os pés de cães de cor sólida devem ter unhas pretas. Quando as unhas são submetidas a um grande desgaste, a pigmentação preta pode parecer desgastada. No entanto, se você olhar para a raiz da unha, verá a pigmentação preta. Toda pigmentação em cães de cor diluída, como azuis e fulvos, idealmente seria escura, mas geneticamente esses cães estão destinados a carregar pelo menos uma falha, pois não podem ter o nariz preto puro exigido pelo padrão. Ainda assim, eles devem ter pigmentação profunda e uniforme, sem parecer desbotada.

Black & Tan é uma desqualificação nos Estados Unidos e é ‘indesejável’ em outros lugares. Geneticamente, é referido como o ‘Gene Tan Point’, mas pode aparecer em muitas combinações de cores. Um tópico controverso é se o Padrão da Raça se refere apenas a uma pelagem visualmente preta sólida com marcas Tan Point ou se refere a todas as combinações geneticamente possíveis.

Também é interessante notar: geneticamente, o Stafford não existe com uma pelagem preta sólida, pois todos terão pelos vermelhos em alguma parte do corpo, tecnicamente tornando-os ‘Tigrados Pretos’ (Black Brindle), mesmo que o Padrão da Raça indique “Preto”.


Movimentação

“Livre, poderoso e ágil, com economia de esforço. Pernas movendo-se paralelamente quando vistas de frente ou por trás. Impulso perceptível das pernas traseiras.”

Lembre-se da frase chave: “Economia de Esforço.” Quando o Stafford se afasta, você deve ver as almofadas traseiras empurrando sem esforço. Deve haver uma facilidade decisiva por parte do Stafford para posicionar seus pés e pernas sob seu centro de gravidade.

Visto de lado, a ponta do pé dianteiro alcança aproximadamente a ponta do focinho. Quando visto de frente, não deve haver movimentos de remo, circulares, rígidos, “rolamento de bulldog” nem frouxidão.

As pernas dianteiras devem bloquear sua visão das traseiras quando o cão se move em um ritmo adequado (relativamente lento). Isso é movimento paralelo.

Paralelo não significa, no sentido mais estrito, que as pernas do cão sempre se estendam exatamente perpendiculares ao chão quando se movem em qualquer velocidade, mas que as pernas dianteiras e traseiras estejam se movendo em planos paralelos entre si.

O Stafford se posiciona de forma muito quadrada, com as pernas paralelas quando comparadas da esquerda para a direita. Ele também se move dessa forma em uma caminhada lenta, mas para equilibrar o cão, é necessário que as pernas se inclinem LIGEIRAMENTE à medida que a velocidade aumenta.

Quando se move rapidamente, esse leve ângulo deve ser visto como uma linha reta da escápula ao pé, não um ângulo para dentro começando dos cotovelos, o que poderia ser resultado de frouxidão.

No ringue de exposição, os Staffords devem ser conduzidos a um ritmo constante que pode ser relativamente lento em comparação com outros cães de altura semelhante. Sempre peça aos expositores que caminhem com seu Stafford em uma guia frouxa e não tão rápido a ponto de os pés convergirem em uma linha central. Se os pés dianteiros convergirem em um passo lento, a construção dos ombros e/ou cotovelos é suspeita.

O movimento do Stafford é menos dramático e exagerado do que em algumas raças com passadas saltitantes e almofadas traseiras que são jogadas para o céu durante o impulso. Não espere isso de um Stafford. O Stafford não desperdiça energia ao se deslocar do ponto A ao ponto B. Seu movimento às vezes é comparado ao de um rinoceronte em uma investida lenta.

Os pés dianteiros nunca devem se tocar ou cruzar ao se mover. Qualquer frouxidão nos ombros ou cotovelos é altamente indesejável. A passada é bastante leve, mas muito determinada.

O Stafford é uma máquina de trabalho eficiente, não um bulldog pesado, nem um terrier saltitante. Novamente, “Economia de Esforço” com um impulso perceptível das traseiras é o objetivo simples.


Filhotes e Jovens Stafford

Um filhote de Stafford ou um animal imaturo ainda não deve se parecer com o exemplar acabado. Eles podem e vão passar por muitas fases desajeitadas. Você pode ter uma ideia do que o futuro reserva aproximadamente entre 8-10 semanas de idade, quando às vezes parecem versões em miniatura dos adultos, mas após essa fase, permita que amadureçam.

A maturação completa muitas vezes leva mais de 3 anos para ser alcançada, então um filhote de 8 meses que é construído como um adulto deve ser um sinal de alerta para os criadores. Alcançando sua altura total antes de seu peso máximo, os jovens podem parecer um pouco esguios até que os músculos, crânio, etc. tenham tido tempo para se desenvolver completamente.

Imagem: Filhote macho de 6 meses

Seu temperamento deve ser confiante, feliz e amoroso. Muitos filhotes têm dificuldade em ficar parados para a avaliação do juiz, pois frequentemente se contorcem de excitação com a perspectiva de um estranho acariciando-os. Mesmo quando jovens, não devem ser pegajosos nem inerentemente medrosos.

Imagem: Filhote macho de 2 meses

Os Staffords podem facilmente viver bem até depois dos 10 anos de idade. Assim, muitas vezes você terá a honra de ver veteranos no ringue de exibição. Nada faz os pelos do braço se arrepiarem e as lágrimas brotarem nos olhos mais rápido do que ver uma classe de veteranos de Stafford desfilando alegremente em um grande show especializado. Alguns deles estão tão felizes e orgulhosos de estar de volta aos holofotes quanto estavam quando eram jovens.

Os Staffords veteranos ainda devem ser capazes de manter um pouco de seu físico dos melhores anos. Você pode ver muitos pelos grisalhos, mas a maioria manterá seu andar alegre e o ‘Sorriso Stafford’ quando voltar para o grande show. Mantê-los ocupados tanto mental quanto fisicamente é a melhor coisa que um proprietário pode fazer por seu veterano. Dessa forma, você não quer ver excesso de peso nem musculatura extremamente flácida. A menos que uma doença tenha causado um estilo de vida sedentário, a maioria dos Staffords manterá uma forma física ativa ao atingir 12-15 anos ou até mais. Eles ainda vão querer fazer caminhadas diárias e sessões de brincadeiras como adolescentes. A maioria dos criadores de Stafford de qualidade dirá que têm pelo menos um ou dois veteranos queridos em casa.

Imagem: Fêmea de 11 anos


Temperamento

“Da história passada do Staffordshire Bull Terrier, o cão moderno herda seu caráter de coragem indomável, alta inteligência e tenacidade. Isso, aliado ao seu afeto por seus amigos, especialmente por crianças, sua tranquilidade fora de serviço e sua estabilidade confiável, faz dele um cão versátil de primeira categoria.”

Destemido, intrépido e totalmente confiável

Se um Stafford fica um pouco barulhento no ringue, se anima ou ‘responde’, isso é normal e deve ser tolerado, desde que esteja controlado. Isso não é diferente de outros terriers que ficam alertas, especialmente quando são solicitados a ‘competir’ no ringue. Um juiz nunca deve pedir aos manipuladores que façam seus Staffords competir, mas pode perceber que muitos já estão alertas, atentos a tudo ao seu redor e prontos. Afinal, ele é um terrier!

Um Stafford nunca deve ser tímido ou acovardado. Da mesma forma, ele não deve ser indiscriminadamente agressivo e, assim, difícil de controlar. Ele não deve mostrar agressividade em relação aos humanos, embora muitos não gostem da companhia de outros animais. Como outros terriers, ele também deve ser julgado pelo espírito e atitude. É quando a atitude se torna descontrolada que há um problema. No ringue de exibição, um Stafford deve parecer confiante e desfilar, exibindo-se, parecendo orgulhoso e feliz de estar lá.

Devem ficar firmes durante o exame, inabaláveis e não estressados pelo processo. Claro que alguma exceção deve ser feita para filhotes novos no ringue de exposição. A maioria dos filhotes de Stafford, e alguns jovens adultos, não ficarão parados por muito tempo. Eles simplesmente se derretem e se agitam quando falam com eles. Essa exuberância ao fazer novos amigos humanos é um comportamento totalmente normal.

Um Stafford sendo arrastado pelo ringue de barriga para baixo, afastando-se do toque humano ou, Deus me livre, rosnando ou mordendo por medo é inaceitável. Um Stafford que mostre medo excessivo ou qualquer tipo de agressão dirigida a humanos pode ser solicitado a sair do ringue.

É importante entender bem a diferença entre agressão contra humanos (NÃO aceitável em Staffords) e agressão contra outros animais (às vezes observada na raça). Essas não são simplesmente duas expressões do mesmo temperamento. São características totalmente separadas. Quando observadas, devem ser julgadas adequadamente.


Falhas de Julgamento

“Qualquer desvio dos pontos mencionados anteriormente deve ser considerado uma falha, e a seriedade com que a falha deve ser tratada deve ser proporcional ao seu grau e ao seu efeito sobre a saúde e o bem-estar do cão.” (UK)

Um juiz que tem um firme entendimento da raça não simplesmente procurará o cão com a menor quantidade de falhas, mas escolherá aquele com a maior virtude geral, mesmo que haja uma ou duas falhas óbvias presentes

Ao julgar, você deve primeiro olhar para o cão como um todo e ver suas virtudes antes de focar em suas falhas. Observe todos os cães de longe, avaliando a qualidade geral e a presença do tipo da raça de cada um antes de se aproximar o suficiente para se prender aos detalhes e aspectos cosméticos.

Conforme discutido anteriormente, o padrão menciona falhas em vários trechos. Quase qualquer juiz iniciante pode identificar falhas básicas. Um juiz que tem um firme entendimento da raça não simplesmente procurará o cão com a menor quantidade de falhas, mas escolherá aquele com a maior virtude geral, mesmo que haja uma ou duas falhas óbvias presentes. Falhas que interferem na função ou na saúde e aquelas que prejudicam o tipo da raça são mais sérias do que outras falhas mais cosméticas.

O padrão é uma diretriz que contém linguagem subjetiva, muitas vezes aberta à interpretação. No entanto, tenha muito cuidado para não se esconder atrás da desculpa da subjetividade e permitir que a opinião prevaleça sobre o que é exigido. Grande parte do padrão da raça é muito clara e objetiva. Se o padrão indica que orelhas totalmente eretas são uma falha séria, não alegue que isso está aberto à interpretação. Se exige que um cão de 16 polegadas pese aproximadamente 38 libras, indicando que a não conformidade com isso é uma falha, não use “licença poética” e afirme que um tipo mais substancial “tipo bulldog” ou o tipo menos substancial “tipo terrier” também está correto.

Há uma maneira certa e uma maneira errada de usar o padrão da raça. Sempre procure virtudes conforme definidas no padrão, não conforme as tendências ou modas atuais possam ditar. Conheça o padrão de cabo a rabo. Não tenha medo de chamar uma falha de falha. Se você descobrir que suas opiniões estão em conflito com o padrão da raça, não tente dobrar o padrão para atender aos seus ideais. Admita que você está errado. Aprenda com isso e mude suas perspectivas para corresponder ao padrão. Simples e claro – julgue de acordo com o padrão acima de tudo.

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